Expedição Atacama – uma aventura incrível e imperdível

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O que dizer da Expedição Atacama… é muita coisa que pode ser dita. Mas, principalmente, que todos que vão, querem voltar! É 100% de satisfação. Até mais. A paisagem é deslumbrante. A cada curva tudo pode mudar. A vegetação, as cores, a altitude, a altura das montanhas, dos vulcões, etc….

Mas qual a vantagem de ir de carro? Não dá para ir ao Atacama de avião? Dá sim. Mas, na minha visão, e de todo mundo que um dia foi de carro, ir de avião não tem graça, você perde no mínimo 60% da viagem… O Atacama em si é belo, é maravilhoso, mas cruzar a cordilheira dos Andes é indescritível.

A viagem sai de Porto Alegre e atravessa o Rio Grande do Sul. Até aqui, eu diria que é chata. Complicada. Estradas no Brasil são ruins, mal sinalizadas, gente barbeira. Mas, ao cruzar a fronteira, tudo muda! E como muda! Andar de carro na Argentina é muito bom, agradável, e seguro! As estradas, via de regra, são ótimas, o asfalto é bom ou está sendo recuperado, são bem sinalizadas e o transito flui.

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Só no cruzar a fronteira que a aventura começa, e descobrir coisas novas se torna parte da rotina. Ver os carros, as cidades, as pessoas, as comidas, tudo é muito legal e dinâmico. Além do que o entrosamento do grupo vai aumentando a cada dia.

Passar o rio Paraná, com sua ponte de 2 km de comprimento. O Chaco! Pampa Del Infierno, e seu calor infernal (nem sempre, mas via de regra…). E chegar em Salta La Linda! Que cidade!  Realmente é uma cidade incrível. Com praças, ruas, museus, restaurante, bares, Cerveja Salta, empanadas Salteñas, e com uma coisa que a maioria dos brasileiros já se esqueceu como é: segurança!!! Pode-se andar tranquilamente no centro histórico sem medo, a qualquer hora! Tem policia em tudo que é esquina! É tudo limpo, é tudo muito impressionante e tudo muito, muito, muito diferente do que estamos acostumados nas cidades grandes brasileiras.

Mas e aí sim, estamos no pé da cordilheira. A cordilheira dos Andes! Mística! Imponente. Ao pegar a estrada e começar a subir ainda não se tem noção de 

tudo que se vai ver… mas a primeira coisa que realmente chama a atenção é o tamanho das coisas… dos vales, das montanhas,  das subidas, das retas, dos cactus, de tudo! A diferença entre onde estamos e o topo das montanhas é gigante… Os vulcões… E de repente se encontram Lhamas na estrada. Que bichinhos interessantes e bonitos! Mais alto tem as Vicuñas. Eventualmente algum Zorro Andino ou uma Lebre Andina.

E os salares… ah, os salares, branquinhos, com seus Flamingos e outros animais. É incrível.

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Andamos muito acima dos 4000m de altitude… chegamos a mais de 4500m facilmente. E o espetáculo da natureza, do árido, das cores das montanhas nuas, com os minérios expostos, de inúmeras erupções vulcânicas do passado. Algumas verdes, outras roxas, amarelas, cinzas, brancas, avermelhadas, e algumas com todas as cores tudo junto, ou em camadas. E de vez em quando somos brindados com a neve no topo das montanhas acima dos 5000m de altitude. É de tirar o fôlego… e gastar muita memória da maquina fotográfica.

Isso, isso é o que não se vê indo de avião. Levamos 6 dias para chegar a San Pedro de Atacama (CHI), normalmente. E é curtindo cada possibilidade de local no meio do caminho. Cada montanha. Cada pedra. Cada curva.